A Justiça determinou que os dois homens acusados de envolvimento na morte de advogado em Taubaté, ocorrida em agosto de 2024, serão julgados por júri popular. A decisão, assinada pelo juiz Bernardo Maia Dias de Souza, da Comarca de Taubaté, foi publicada no dia 4 de abril. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
A vítima, o advogado criminalista Leonardo Bonafé, de 25 anos, foi atingido por pelo menos seis disparos de arma de fogo por volta das 10h09, quando chegava ao trabalho na Rua Newton Vasconcellos, no bairro Parque Três Marias. Ele era filho do também advogado Flávio Bonafé, que na ocasião era candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga pelo MDB.
Réus não são os executores, mas teriam fornecido o carro clonado
De acordo com o Ministério Público, os réus Carlos Ramon da Silva Gonçalves e Marcelo Henrique Carvalho Coppi não participaram diretamente da execução, mas são acusados de preparar e fornecer o carro clonado aos autores do crime, que ainda não foram identificados.
“Eles foram os responsáveis pelo preparo e fornecimento do veículo utilizado para a ação delitiva aos executores, de qualificação ainda desconhecida”, afirma a denúncia do Ministério Público.
Segundo a investigação, o carro envolvido no crime era um Jeep Renegade preto clonado, encontrado queimado na Estrada do Sete Voltas, na zona rural de Taubaté, logo após a execução.
Juiz mantém prisão preventiva e nega liberdade provisória
Na decisão, o juiz negou o pedido de liberdade provisória feito pelas defesas dos acusados e justificou a manutenção da prisão com base na gravidade dos fatos e risco à ordem pública.
“A liberdade provisória nesse momento se revela prematura, uma vez que existem indícios suficientes de autoria que serão mais bem esclarecidos quando do julgamento de mérito”, afirmou.
O juiz destacou ainda:
“Devem ser preservados os fundamentos que anteriormente ensejaram a decretação da prisão preventiva, sobretudo a manutenção da ordem pública, em razão da gravidade concreta dos fatos.”
A decisão também citou antecedentes e atitudes suspeitas dos réus:
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Sobre Marcelo: “Possui histórico de posse de diversas armas de fogo”.
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Sobre Carlos: “Há indícios de tentativa de fuga para município diverso de sua residência, o que indica possível risco de evasão”.
Vídeo mostra que ação dos criminosos, que mataram advogado em Taubaté, durou quatro segundos
Conversas por celular reforçam denúncia
O processo aponta que mensagens extraídas dos celulares dos réus reforçam os indícios de participação no crime. Carlos Ramon teria pedido que um motociclista fosse até o local onde o veículo foi entregue aos executores, para verificar se havia câmeras de segurança instaladas na região.
A Justiça entende que Marcelo foi o responsável por levar o Jeep até o local onde foi adulterado para uso no crime, e Carlos, por sua vez, o entregou aos executores.
“Marcelo ainda auxiliou Carlos em sua fuga para a cidade de Valinhos”, informou a decisão judicial.
Prisões e andamento do processo
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Marcelo Henrique foi preso em 6 de setembro de 2024.
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Carlos Ramon foi localizado em Valinhos e preso em 17 de outubro de 2024.
Ambos seguem detidos preventivamente.
Ainda não há data marcada para a realização do júri popular.
Defesas negam envolvimento no crime
As defesas dos dois réus afirmam que eles são inocentes e informaram que vão recorrer da decisão que determinou o julgamento por júri.
A defesa de Carlos Ramon da Silva Gonçalves declarou que:
“Ele não conhecia a vítima e nem seus familiares. Não teria qualquer motivo para praticar o crime.”
Já os advogados de Marcelo Henrique Carvalho Coppi afirmaram que:
“Marcelo não estava no local da execução e nega veementemente qualquer envolvimento.”
Relembre o caso
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A morte de advogado em Taubaté ocorreu em 28 de agosto de 2024, às 10h09.
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Leonardo Bonafé chegava ao escritório no Parque Três Marias quando um Jeep Renegade preto emparelhou com seu veículo e criminosos atiraram contra ele.
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O advogado morreu no local. Pouco depois, o carro dos executores foi encontrado queimado na Estrada da Sete Voltas, zona rural da cidade.
Perguntas Frequentes sobre o caso
Quem são os réus julgados?
Carlos Ramon da Silva Gonçalves e Marcelo Henrique Carvalho Coppi.
Eles executaram o advogado?
Segundo o Ministério Público, não. Eles teriam preparado e fornecido o carro usado pelos executores.
O que diz a Justiça?
A Justiça entendeu que há indícios suficientes para mantê-los presos e levá-los a julgamento por júri popular.
A defesa o que diz?
Ambos negam participação no crime e afirmam que vão recorrer da decisão.
Criador e proprietário do site vale360news.com.br, jornalista com especialização em Gestão da Comunicação de Mídias Digitais e com passagens pelas Rádios Globo e CBN, do Grupo Globo, em São Paulo, onde foi Chefe de Reportagem, apresentador, repórter e produtor. Jesse ainda coleciona passagens pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e outras emissoras de rádio e TV do Vale do Paraíba.
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