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São José dos Campos: Obras de duplicação da Av. Sebastião Gualberto envolvem remoção de árvores, mobiliza ambientalistas e secretário explica

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Nos últimos dias, quem passou pela Avenida Senador Teotônio Vilela, a Fundo Vale, no cruzamento com a Avenida Sebastião Gualberto, presenciou uma cena incomum. Com o avanço das obras de melhoria e duplicação da Avenida Sebastião Gualberto, a Prefeitura de São José dos Campos iniciou a construção de novas vias nos canteiros centrais da Fundo Vale, o que resultou na remoção de várias árvores. “Nossa, eu levei um susto hoje quando passei e vi as árvores todas no chão”, disse Francisco Noronha, morador da região.

Ambientalistas acionaram o Ministério Público devido às diversas supressões de vegetação que ocorreram no local e em outras partes da cidade. CLIQUE AQUI E ENTRE NO NOSSO CANAL DO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO

Os ambientalistas pedem “apuração de possíveis irregularidades por desmatamento, supressão de cerca de 30 árvores ou mais e retirada da vegetação consolidada e em desenvolvimento” naquela região.

“Aparentemente a governança municipal por meio da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, ao supostamente permitir ou fazer vistas grossas passivamente à ocorrência de dano ambiental de tamanha monta, vem sistematicamente ignorando graves e recentes ocorrências no município de São José dos Campos resultantes das mudanças climáticas e do aquecimento global”, diz a representação.

Entrevista com Marcelo Manara

Em entrevista, Marcelo Manara, secretário de Urbanismo e Sustentabilidade da Prefeitura de São José dos Campos, abordou as preocupações dos ambientalistas e explicou as ações da prefeitura.

“Nós entendemos a ansiedade do movimento ambientalista. Mas são obras necessárias em infraestrutura na cidade. Todas as supressões foram devidamente autorizadas pela agência ambiental com as compensações já acordadas. É necessário remover até algumas árvores que são exóticas e nem tão qualificadas para o ambiente urbano, e essas serão repostas. Em partes, vão promover outras ações ambientais no Fundo Municipal de Meio Ambiente”, disse Manara.

O secretário explicou que a compensação pelas árvores removidas inclui a implantação de novas árvores e outras ações ambientais. “A prefeitura concluiu recentemente o plantio de 5.000 novas árvores para a arborização urbana, lembrando que são árvores adequadas, espécies adequadas nos locais adequados. O Fundo Municipal de Meio Ambiente promove plantios e investe em ciência, fauna e flora, com controle social e transparência”, destacou.

Árvores suprimidas no Aquarius

Quanto às árvores suprimidas na região do Aquarius, Manara explicou a necessidade dessas ações. “A cidade é um organismo vivo. Tem árvores que foram plantadas há 30 a 40 anos, algumas inadequadas, como o “ficus”, que é uma espécie enorme e exótica, cujo crescimento de raiz impacta a infraestrutura de sistemas enterrados, como fiação e canos. Às vezes, é necessário promover essa intervenção e a compensação dessas árvores que estão causando esses problemas”, concluiu Manara.

Foto de Capa: Leandro Vaz